quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

16 de Janeiro de 2010:Odisseia no Espaço. Este dia promete!
Os participantes asseguram, no mínimo, um dia de afortunadas recordações. Os organizadores, sempre suspeitos nas apreciações, corroboram que esta data será feita por “gente feliz com lágrimas”, como contraditava o escritor. Mesmo que a participação seja solitária, há quem acredite que muitos vão gostar de dizer “eu estive lá”!
A participação será livre mediante, claro está, da necessária inscrição. Porque, quem é aficionado gostará de participar nesta acção lúdica e cívica, não deixe passar os prazos e inscreva-se no passeio “Todo Terreno-Off Rood” a ter lugar no dia 16 de Janeiro na freguesia de Lagoaça (Freixo de Espada à Cinta).
Pare, Escute e Olhe! A doce e imaculada Pátria assiste (escuto, câmbio) agonizada, ao mais recente mistério desta saga em que se transformou a política pura e dura (escuto, câmbio) versão campina.
A culpa? Não, não é do obscuro sistema, nem tão pouco do casto Governo, para repescar o dilatório argumento do dentista do “Velho que lia Romances de Amor” (escuto, câmbio), que se estribava, sempre, nesta figura de necessidade cada vez mais duvidosa (escuto, câmbio) para os descrentes, quando tinha que sustentar qualquer eventualidade menos própria (escuto, câmbio).
Os lugares comuns destes tempos em que a paciência definha, a tolerância rareia, e a esperança, apesar de tudo, não se apaga (escuto, câmbio), resvalam facilmente para o clamor de um Messias, que, espera-se, com toda a justiça e equidistância dos poderes fácticos, consiga dar à República, a serenidade e o rumo (escuto, câmbio) há tanto tempo perdidos.
De facto, olha-se para este ziguezaguear, para as soluções indefinidas, para este nosso fado que açambarcou a palavra saudade, mas que emperra na esperança (escuto, câmbio), e quando perguntamos por ela, ocorre-nos, com força metafórica, o que escrevia Guerra Junqueiro, no “Regresso ao Lar” em Os Simples: “Ai, há quantos anos que eu parti chorando deste meu saudoso, carinhoso lar!... Foi há vinte?... Há trinta?... Nem eu sei já quando!...”.
Mas quão contraditória é a Lusa Alma! Não obstante todas as deambulações, a esperança é a última a morrer.
É nesta esteira que, apesar de só haver um candidato definido, Homens e Mulheres de ideias arrebatadoras, com forte sentido patriótico e partidário, lançam-se na espinhosa empresa de reerguer o saudoso império do PPD/PSD!
Valentes e destemidos (escuto, câmbio) vão tibiamente avançando em várias colunas para que Marcelo, qual César, entoe: veni vidi,vici, (vim, vi, venci) na ditosa esperança que a aurora de Maio seja fértil em profecias que ecoarão em cada naco de solo pátrio. A bem da Nação! Será?
A Casa dos Espíritos: Foi a 2 de Dezembro de 1979, 4 anos após o acto heróico do 25 de Novembro, que Portugal conheceria uma maioria estável e unificadora da Direita: AD de baptismo e de alegre lembrança.
O país, embora fora das convulsões do PREC, ainda vivia assaz atormentado com os golpes de laboratório que inquinavam a solidificação do que era líquido extrair do 25º de Abril de 1974…
Á época, um governo liderado por Francisco de Sá Carneiro, detentor prático de um discurso apologético da boa moeda, personificava a ruptura necessária.
Enfrentava esse órgão mórbido denominado “Conselho de Revolução”, contestava a figura do General Eanes (então Presidente da República e recandidato), tido como força de bloqueio, batia-se pelo avanço constitucional do país e prossecução de uma economia de mercado, onde o conceito individual não fosse abatido por uma fúria nacionalizadora. No campo social, pugnava diariamente por causas e convicções, como espelharam alguns dos seus comportamentos.
Perante o pântano da Nação, jogos sub-reptícios e comezinhos que implodiam não só, mas também, no então PPD, não se coibiu de idealizar mentalmente um novo partido, e colocá-lo à disposição da Pátria, caso a sua estratégia não fosse compreendida e portanto não medrasse. Lamentavelmente, não lhe deram tempo, mas fica a verdade dos factos: se há exemplo de boa moeda, e de um bom governo, o magistério de poder de Sá Carneiro é o supra paradigma. Essa é que é essa.
Orgulho sem Preconceito: Para que a memória comece a ser enraizada, recorde-se que no próximo ano evocam-se 100 anos da implantação da República. De todas as figuras gradas que lutaram pela transição de regime constitucional, sobressai-se um nome: Guerra Junqueiro. Era de Freixo de Espada à Cinta. Para que conste.