domingo, 24 de outubro de 2010

Todos sabemos, porque todos somos parte, que a Pátria anda agoniada.
Desde há muito, que a Nação anda a ser vítima de uma governação qualificada, com toda a justiça e saber pedagógico, na adjectivação mais sórdida.
A urdidura que motivou o atraso crescente da pobre Nação, começou a ser nutrida em alguns meios influentes da civilizada Lisboa e rapidamente fez lastro na ignomínia do que ficará, perenemente, conhecida por “Golpe de Estado Constitucional”.
O nosso fado é de tal forma arrepiante, que, quiçá por vingança freudiana dos vencidos do 25 de Novembro, foram-se os Americanos, vêm os Venezuelanos…
O País, cada vez mais, anda como o coelhinho da Alice do País das Maravilhas…
Os cidadãos, onde se destacam os Funcionários Públicos, são menosprezados a favor do Estado de alguns funcionários…
A propaganda (bem feita, registe-se), tique dos que vivem para o espelho mas que não sabem extrair as devidas leituras cívicas (caso contrário, como a avestruz, escondiam a cabeça, tamanha é a vergonha do que fica; ou faziam como a Gazela, animal de bom porte, que com um só salto perde-se de vista…).
Mas não! Quais glutões, insistem, insistem, não se dando conta que o tempo se esgotou.
Nesta teia cada vez mais emaranhada, novos e seguros passos, assim se idealiza, estão para chegar.
Não obstante, esse bálsamo por si só não chega.
Torna-se terapêutica e patrioticamente útil, reconhecermos a nossa passividade endógena relembrando João Chagas nas suas “Cartas Políticas” de 1909 “ (…) fazer vingar a causa do povo em Portugal é operar uma obra de prodígio. O povo não está feito. É fazê-lo. Não é ressuscitá-lo. Ele nunca existiu. Na realidade é dar-lhes nascimento e mostrá-lo à própria nação assombrada, como um homem novo e sem precedentes (…)”.
Diz a imprensa de Lisboa que o Governo da mentira, na prossecução da sua vereda fantasiosa, clama pela solidariedade pingada por lágrimas de crocodilo e impõe funestos sacrifícios a troco de quimeras e soluções que, jamais, se consolidarão.
Pedem-nos, em nome do interesse Patriótico, que contas mal feitas sejam caucionadas na Casa que tem a obrigação moral e dever político de defender o Povo, e não de o vilipendiar com decretos ignóbeis e práticas sorrateiras.
Caceiteiros elevados ao título de excelsos comentadores ou iluminários políticos, assustam a Nação com uma espécie de invasão soberana perpetrada pelo FMI, como se não estivéssemos, já, numas amostras de trevas…
O Apocalipse económico e financeiro, avizinham-se se o ditoso orçamento não for aprovado.
Dissimuladamente, os donos do documento que ninguém viu ou lê, mostram a sua verdadeira raça. Dos processos de culpa formada do tempo da outra senhora, passamos para o tempo de votar em cruz. Brilhante Democracia!
Perenemente insaciáveis na arte de nos roubar a paciência e infligir o mais contundente ataque às circunferências do nosso cérebro, lançam o anátema fantasmagórico da crise política, se a espécie de orçamento for patrioticamente chumbado!
Perdem-se em discursos com requintes de falsa mansidão, que mais não escondem do que intentos da fauna menos domesticada, para evitar fazer ver o que a Nação indubitavelmente carece: uma nova Administração.
Falam, falam, e não se cansam de falar, mas ninguém esclarece a nobre Pátria e o esgotado Povo: o que mudaria, para pior, se, pedagogicamente, a nobre Nação vier a ser governada em gestão durante 8 meses?
Que garantias e segurança política, social e económica estão impregnadas no ADN deste Governo, que nos leve, a todos, candidamente, imputar aos escombros a Salvação Nacional?
Salvemos os dedos e esperemos pelas auroras da Primavera de 2011 para que, num Domingo qualquer, licenciemos um novo Parlamento…
A Nação, submerge, mas os culpados são um de dois: o PSD ou os submarinos.
Essa é que é essa!

República: Esqueçamos o regicídio. Expliquem-nos a todos como se tivéssemos 5 anos.
Evocaram-se os 100 anos de que República? Em 1910, é certo, o País estava em bancarrota.
A par destas minudências, do 5 de Outubro a esta data, o país integra no seu acervo histórico: 71 Governos, quase 50 anos de Ditadura e, por assim dizer, 12 estados de alma, que em linguagem técnica designam-se por insurreições militares!
É muito para 100 anos, mas francamente pouco para fazer do 5 de Outubro de 1910 a grande lápide da História contemporânea.